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domingo, 5 de julho de 2015

COMO TRABALHAR COM BIOGRAFIAS




 Rita Foelker

O momento de falar das pessoas que marcaram a história do Espiritismo sempre chega, para os educadores espíritas.

Allan Kardec, Amèlie Boudet, Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Anália Franco e outros são Espíritos cujas vidas apresentam aspectos muito interessantes, que podem nos servir de exemplo e incentivo.

Contudo, é preciso evitar alguns vícios comuns que podem estar presentes qualquer estudo histórico. Estas aulas podem tornar-se apenas um desfile de informações sobre datas, nomes e lugares, sem conexão com a realidade em que vivemos. E tudo vira um jogo de decorar pouco significativo para a compreensão espiritual dos conceitos apresentados.

Nós podemos transformar este estudo numa oportunidade de aprofundar e refletir sobre nós mesmos e nossas atitudes, extraindo realmente conclusões importantes para nossas vidas, se abordarmos o assunto da maneira certa.

 1. Não se contente com dados enciclopédicos. Busque nas biografias fatos que possam ser associados ao dia-a-dia das crianças e adolescentes.

2. Procure concentrar-se nos aspectos humanos da personagem em questão: seu modo de ser, vida profissional, relação com a família, sua educação, suas obras.

3. Não os retrate como se estivessem mortos e pertencessem ao passado. Talvez você encontre informações confiáveis sobre sua atuação presente, no Mundo Espiritual, e a continuidade de seu trabalho neste planeta. Mas se não puder obtê-las, fale da imortalidade, explique que eles são Espíritos que continuam atuando em prol daquilo em que acreditam: o bem, a educação, a caridade, etc.

4. Não basta saber que alguém foi grande, é preciso entender o porquê, e isto costuma estar ligado ao uso da força moral e das virtudes. Pode parecer que basta imitá-los para ser como eles, mas nosso objetivo não é este. O importante não é que façamos como eles fizeram, se isto não está em nosso coração, mas que sejamos capazes de entender os sentimentos que levaram a certas escolhas e a certas ações, e que possamos buscar estes sentimentos dentro de nós, mesmo que ainda pequeninos.

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